terça-feira, 6 de maio de 2014

Um dia cansa.

Ela vivia uma vida segura. Feliz dentro dos moldes e estruturas impostos pela sociedade.
Ela vivia um sonho sem saber se aquele era realmente seu sonho.
Ou nem se questionava sobre a vida que ela vivia.
Ela se sentia como se pertencesse àquele mundo e obedecia exatamente todas as regras, sem contestar.
Ela era a menina perfeita, estudiosa, trabalhadora, comportada, não bebia nem fumava.
Ela era orgulho para a sociedade.
Tudo era bom.
Tinha um contrato de matrimônio, que estabelecia suas atribuições e dizia que deveria durar eternamente. E ser mãe é uma dádiva.
Mas um dia um passarinho, pousou em seu ombro e sussurrou que a sua vida não era sua.
Então ela começou a perceber que as suas vontades não eram respeitadas.
Ela viu que sua vida não tinha cor, sabor e cheiro
Viu que seguia modelos prontos e pensamentos ultrapassados
Um dia ela cansou de, simplesmente, viver aquela vida.
Um dia de sol ela colocou uma mochila nas costas e foi viver.
Mesmo que de um jeito diferente e não aceito pela maioria, ela foi ser feliz.



Fui.

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