terça-feira, 7 de julho de 2015

Diante do Brasil em que vivemos.

Sim, já tem tempo que não coloco minhas frustrações aqui. Muitas coisas estão rolando na minha cabeça. Muitas coisas estão rolando na minha vida e no meu país.
Sinceramente, muitas coisas com as quais jamais pensei que viveria para ver.
Um ódio exagerado, uns contra outros, um pandemônio, o povo fazendo justiça com as próprias mãos.
Medo. Sim, tenho medo. Principalmente, medo das pessoas que se julgam "de bem".
Se ser "de bem" é apedrejar meu próximo pois ele não tem a mesma religião que eu, eu não quero ser "de bem".
Se ser "de bem" é implantar uma lei que vai mandar crianças para o extermínio, eu não quero ser "de bem".
Jesus, volta logo. 
Ou não, vai que a gente te crucifica de novo.
Sim, minha gente, Jesus andava com as minorias. Sem religiosismos da minha parte, mas o cara era das quebradas mais humildes, não julgava, acolhia. 
E pelo que tenho visto, as pessoas que dizem o seguir são as que mais apontam e não toleram o povo com quem Cristo andou e andaria nos dias atuais.
Sem falar na mina que se agarrou ao simbolo de sofrimento maior de todos os tempos: a cruz. As pessoas não sabem que muitas pessoas foram parar na cruz antes e depois de Cristo??
Parece que não. Sim, meu caro, era um castigo bem comum naquela época e até hoje. Claro, que com uma nova roupagem, mas ainda somos crucificados diariamente. E a menina de uma minoria assolada, num desejo de trazer o seu sofrimento, (assim como Jesus, da minoria lembra?) para nos mostrar o quanto mal e injustiças cometemos foi alvejada por intolerantes.
Na verdade, intolerância é o que mais tenho visto no contexto de meu país. 
E não venha me dizer na intolerância aos cristãos, cara isso não existe. Acorda.
Afinal, não importa meu caráter, mas sim a cor da minha pele, com quem durmo, o que eu fumo, o que eu bebo, o que eu como, o que eu visto ou o órgão genital que nasci que deve ser levado em consideração.
Medidas rápidas, nem sempre funcionam. O que a "suposta" maioria deseja, nem sempre é a melhor saída (afinal, Hitler tinha o apoio da maioria da Alemanha). 
Gente, vamos acordar e pensar racionalmente, por favor?
Ainda dá tempo de arrumar a nossa bagunça.

FUI.